Cada vez mais frequentes são os casos onde profissionais da Saúde são vítimas de agressão física durante o desempenho de suas atividades. Desta vez, uma técnica de enfermagem que trabalha na base descentralizada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Rio Largo foi agredida por uma solicitante.
O caso ocorreu no final de fevereiro. A equipe de socorristas do Samu foi atender um chamado e ao chegar na residência a técnica de enfermagem pediu que a proprietária prendesse o cachorro para que a equipe pudesse realizar seu trabalho. Visivelmente alcoolizada, a dona da casa agiu de forma grosseira dando um tapa no rosto da técnica de enfermagem.
Em seguida, a profissional acabou sendo atacada pelo cachorro, o que lhe rendeu uma mordida no antebraço. Diante da situação, o fato foi comunicado imediatamente a central do Samu e a técnica de enfermagem foi levada para o Mini Pronto-socorro do bairro do Tabuleiro, em Maceió, para ser atendida. Apesar de toda a confusão, ela passa bem e sofreu apenas ferimentos leves.
Diante da situação, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal) vai solicitar que a Polícia Civil apure o caso. O presidente do Sateal, Mário Jorge dos Santos Filho, repudia toda e qualquer tentativa de agressão ao trabalhador da saúde em qualquer que seja a situação. “A solicitante agiu de forma desrespeitosa à equipe do Samu de Rio Largo, que vem há anos reivindicando uma estrutura mínima para que os profissionais possam continuar atendendo a população. Situações como esta não podem voltar a se repetir e cobramos a apuração do caso pelos órgãos competentes”, protestou.
Mário Jorge reforça que os trabalhadores devem procurar o Sateal para denunciar situações onde forem vítima de agressão no trabalho. Ele lembra ainda que esta não é a primeira vez que um profissional da enfermagem é agredido durante o desempenho de suas funções.
Recentemente, uma técnica foi agredida por um paciente durante atendimento em Cacimbinhas, interior do Estado. “Entendemos que o serviço público de saúde deixa muito a desejar, mas as pessoas precisam respeitar os profissionais durante o trabalho. Preocupa-nos os casos relatados ao Sindicato, já que sabemos que outras situações ocorrem, mas por medo o profissional não denuncia que foi vítima de agressão e o caso cai no esquecimento”, alertou.
Ascom Sateal
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