II Seminário: Primeiro dia discute segurança do paciente, terceirização e a política e os trabalhadores

II Seminário: Primeiro dia discute segurança do paciente, terceirização e a política e os trabalhadores


Publicado em: 23/11/2015 18:37 | Autor: 337

Whatsapp

 

Dias de aprendizado e troca de experiências. Assim muitos definiram o II Seminário Alagoano dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, promovido pelo Sateal nos dias 19 e 20 de novembro no Hotel Enseada, em Maceió. O evento trouxe para a capital alagoana nomes de peso para discutir a segurança do paciente e outros temas importantes para a Enfermagem. O evento também conseguiu se sobressair ao inovar com a transmissão ao vivo de todas as palestras.

Logo no início, a enfermeira do trabalho Ivone Martini lançou luz sobre “O processo de organização social e política dos auxiliares e técnicos de enfermagem”, trazendo um panorama da profissão no país e apontando caminhos para a melhora do setor. Ela também proferiu a palestra sobre o tema central do evento: “A segurança do paciente”. Elogiada por muitos dos presentes, Ivone trouxe dados e informações muito importantes para esse novo contexto de discussão que começa a se solidificar nas unidades de saúde do país que é a situação da segurança paciente dentro do ambiente hospitalar.

O segundo horário do primeiro dia foi destinado a discutir a terceirização no setor saúde e a conjuntura política nacional e o cenário para os trabalhadores.

O procurador do trabalho Rafael Gazzanneo, da 19ª Procuradoria Regional do Trabalho em Alagoas (PRT/AL), alertou para os perigos que os trabalhadores de vários setores correm com os vários projetos e emendas cujo objetivo é aprovar a terceirização no Brasil. Ele criticou a medida e afirmou que o projeto caso seja aprovado vai precarizar ainda mais as relações de trabalho, além de expor trabalhadores a situações onde ele não terá vínculo com a empresa que estará trabalhando, reduzindo direitos e o poder de fogo dos sindicatos.

“Imagine na prática um auxiliar ou técnico de enfermagem e outros profissionais vinculados a empresas que prestam serviços a hospitais. Não imagino que seja bom para os trabalhadores, que irão exercer suas funções sem vinculação com o tomador. É necessário que todos entrem nessa luta para evitar que esse entendimento do Congresso seja aprovado. Os sindicatos e centrais sindicais não podem baixar a guarda diante desta ameaça. Caso a terceirização seja aprovada, os trabalhadores terão reduzidos seus direitos, as relações de trabalho serão precarizadas e os sindicatos perderão poder de fogo”, alertou.

André Santos, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) trouxe um panorama sobre a atual conjuntura política do Brasil e o que ela significa para a classe trabalhadora. Em sua explanação, André alertou para os prejuízos da composição das bancadas parlamentares no Congresso nacional, que possuem uma minoria de deputados e senadores que defendem os trabalhadores.     

“A bancada sindical no Congresso é reduzida. O Congresso é liberal economicamente, conservador socialmente e atrasado em questões de direitos humanos. Na questão da saúde, o movimento social precisa se unir para fazer frente a essas ameaças”, disse. 

Ascom Sateal